jueves, 25 de noviembre de 2010

Minha querida Ártemis

Ela sempre esteve presente.
É mesmo difícil imaginar momentos importantes sem certas pessoas, e ela é uma dessas. Em todos os instantes realmente decisivos da minha vida nessa coisa que chamamos de "academia" ela estava lá. Às vezes não fisicamente, mas essas são poucas. Começou quando iniciamos a mania de voar por aí, e isso nos leva pra lá e pra cá. Mas ela está sempre comigo e eu com ela.
Não lembro do dia em que a conheci, mas existe um antes e um depois desse momento.
Lembro do nosso primeiro trabalho importante juntas... O tema era louco, as ideias idem, mas conseguíamos convencer até mesmo uma das mais sérias professoras da faculdade, a orientar-nos e dar-nos bolsa. E as bolsas... como elas eram esperadas, desejas e merecidas, claro. A primeira para comprar uma caixa inteira de sorvete de bombom (como era o nome mesmo)? Nosso sonho. Entre cartas de tarot, textos de psicanálise yunguiana fomos começando os passinhos nisso de "pesquisar". Pesquisando aqui e acolá descobrimos que nosso caminho estaria em outros "senderos". Fomos juntas para a estrada da língua espanhola. E como nos divertíamos! Tudo era festa. Não podemos esquecer. Nossa relação com o espanhol começou festiva, e nos momentos de tristeza temos que lembrar disso. Nossas risadas chegavam a incomodar em certos lugares. E fomos juntas dar aulas no curso de idiomas, e em empresas; as universidades nos separaram, mas continuamos compartilhando muitas, muitas coisas sempre. São tantas histórias...
Fomos juntas tentar entender o mundo pelos olhos dos mistérios e das magias. Ela foi antes, e me levou. Nos desiludimos juntas, de formas diferentes. Lutamos juntas pelo bem e contra o mal. E continuamos fazendo, mesmo sabendo que bem e mal são só palavras,e que está tudo junto e misturado. Através dela sou um pouco mãe, compartilhamos o amor infantil. Compartilhamos os sonhos e cada uma busca seu caminho. Mas sempre estamos uma com a outra. Não há dúvidas.
Ela fez aniversário. Esse é um presentinho. Ainda faltam dois. Lembra, Di? Tem que ser três presentes.
Te amo.

4 comentarios:

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  2. Bê, querida, eu escreveria cada uma dessas palavra em sentido contrário... para você. Essa é a nossa história maluca, de misturas estranhas e mágicas...
    Adorei, é mais do que um presente, no mínimo vale por três!
    Te amo.

    Muitos beijos.
    Diana (25/11/2010)

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  3. E eu chorando...
    Tinha tanto ciúme de ti Di, ciúme deta cumplicidade, deste caminhar, que acho pela primeira vez , não cabia os meus passos também, mas tanto ciúme que te "roubei" teu irmão para ser meu também. Mas como tudo é junto e misturado, te amo na mesma intensidade. Amo por escolher compartilhar com minha metade essa estrada doida de incertezas, por estar ao lado dela em lugares que eu não estava, em momentos que eram só de vocês. Amo por confiar a ela a importante tarefa de ser mãezinha de teu hijo, amo por amá-la. Eu esqueci de teu aniversário, a culpa é da guerra no rio, e na penha, não consigo pensar em nada com os helicópteros sobrevoando meu cucuruco. Mas quando eu for aí, pode me afogar nas cataratas por isso e me encher de vinho salgado! Beijos Di e Bê

    Amanda (26/11/2010)

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  4. Ô, Di! Que bom que gostou... e de quebra me livrei de ter que comprar mais dois presentes! Hahahahaa. :-) Brincadeira, faço questão.


    Dinha: você sempre teve ciúmes dos meus amigos, né? Implicância mesmo. Mas também resolvia de um jeito bonito, às vezes ficando mais amiga deles do que eu. Inclusive, com os namorados, você sempre os defendeu, né? Tô doida pra chegar logo a hora de tomar vinho salgado com a Di!! Vamos fazer ela encher a cara (e nem precisa muito, com duas taças ela já fica toda alegre. Eu já vi) ;-)
    (2/10/2010)

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